A CONFISSÃO PRECISA SER FREQUENTE

"Como Pastores, devemos fomentar a confissão frequente" (DA, n. 177)
A lei canônica que prevê a confissão do fiel pelo menos uma vez por ano não limita a mesma em somente uma vez cada ano. Na verdade, a orientação da Igreja é a de que o fiel se confesse o máximo de vezes ao longo do ano. 

D. — E agora, Padre, tenha a bondade de me dizer: com que freqüência é bom chegar-se à Confissão? 


M. — Com a máxima freqüência possível. Os Santos foram os primeiros a dar-nos o exemplo, tanto que pode parecer exagero a freqüência com a qual se chegavam à Confissão.


Citarei alguns deles: São Francisco no seu regulamento de vida, escrevia: Confessar­me-ei de dois em dois e, no máximo, cada três dias. São Vicente de Paula confessava-se duas vezes por semana, São Felipe Néri um dia sim e outro não, e o mesmo queria que fizessem os seus religiosos. São Vicente Ferrer, São Carlos Borromeu, Santo Inácio de Loiola, São Luiz Bertrando, Santo André Avelino e muitos outros se confessavam diariamente.

D. — Mas, Padre, isso é exagero; talvez o fizeram por passatempo ou por escrúpulo.

M. — Nada disso. Todos eles eram trabalhadores, bem longe estavam, de se deixarem dominar pelos escrúpulos. Faziam-no para se manterem numa grande pureza de consciência, e para poderem gozar das inúmeras vantagens deste Sacramento.

São Leonardo de Porto Maurício, o infatigável apóstolo italiano, depois de ter tido o belo hábito de se confessar diariamente com constância, chegando aos quarenta e dois anos, pensou em duplicar a dose e escreveu no seu regulamento particular: "De agora em diante confessar-me-ei duas vezes por dia, para aumentar a graça que espero tornar maior com uma única confissão do que com muitas boas obras, de qualquer espécie".

D. — Padre, creio que aqui podemos aplicar provérbio: o apetite vem comendo!

M. — É mesmo! Quando se trata de confissão freqüente é assim mesmo. Felizes daqueles que sentem essa fome e essa sede espiritual, enquanto que aqueles que ficarem afastados morrerão de inanição.

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