O APRENDIZADO SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA E A MORAL SEXUAL AJUDAM A CONFESSAR-SE MELHOR

Introdução
Este artigo deve ser lido em conjunto com os anteriores sobre a confissão sacramental, ou seja, com aquele extraído do site derradeiras graças e o outro intitulado Confissão Sacramental. 
O objetivo deste artigo é por fim àquelas confissões de adolescentes cuja consciência mal formada, e muitas vezes também deformada pela mentalidade do tempo presente, só conhecem os pecados veniais contra o quarto mandamento e se apresentam como as criaturas mais puras e angelicais de toda a história da humanidade. O risco a que estão se expondo espiritualmente é enorme. Queremos, portanto, com o presente texto, ajudar a despertar sobretudo nos jovens, mas também nos adultos, as consciências adormecidas.
A referência para o corpo do texto é sempre o Catecismo da Igreja Católica, e o documento do Pontifício Conselho para a Família, Sexualidade Humana, Verdade e significado. Aqueles que tiverem acesso poderão ver também: Ricardo Sada e Alfonso Monroy, C. de Teologia Moral da editora Rei dos Livros de Lisboa, Portugal.

A SEXUALIDADE HUMANA
O QUE É?

R- A sexualidade humana é o conjunto de fatores que se integram numa pessoa para defini-la como homem ou mulher e fazer com que esta seja capaz de se relacionar com o mundo, com o ser humano e com Deus.
A sexualidade humana, em si mesmo, é uma dimensão do ser humano, pois este, no seu estar no mundo, é homem ou mulher, sendo-lhe impossível ser ao mesmo tempo homem e mulher. Pode-se afirmar com acerto que o homem na sua dimensão sexual é sempre masculino ou feminino , ou seja, o homem é homem, e a mulher é mulher. Nunca se afirmaria com acerto que um homem possui os dois sexos. O comportamento homossexual é um desvio de sexualidade, uma deficiência  que deve ser corrigida, nunca admitida como algo sem importância ou que está ao arbítrio da pessoa, pois a prática homossexual nunca é do agrado do criador. E o Catecismo da Igreja Católica afirma que “os atos de homossexualidade em caso algum podem ser aprovados” (n-2357). Trata-se de gravíssimo erro alguém fazer a opção de ser homossexual. Deus criou o ser humano homem e mulher (Cf. Gn 1,27). E o modo correto de viver a sexualidade é na castidade para a qual Deus convoca todos os seres humanos (Ex 20,14; Mt 5, 27-28; 19,18).

A Função da sexualidade

Então, a sexualidade humana é uma dimensão que tem uma função; e, sua função é fazer com que o ser humano e a pessoa humana seja vista e identificada como homem e mulher e, assim, possa interagir e comunicar-se no ambiente em que vive.

Os Elementos da Sexualidade Humana

Os elementos da sexualidade humana são cinco: genital, Afetivo, Cognoscitivo, Prazer e Procriação.
Estes cinco elementos devem estar sempre presentes na pessoa para não haver descontrole e desvio de sexualidade. Sempre que alguém isola e destaca algum elemento que se sobrepuja aos demais, há desvio de sexualidade.
De todos, o mais perigoso é o prazer, porque corre-se o risco de identificar a sexualidade com ele. Mas o correto é entender que a sexualidade e o próprio ato sexual não é prazer, mas, sim, que tem prazer. E que relação sexual não implica necessariamente em genital e orgasmo; mas que toda relação entre pessoas de sexo oposto é uma relação sexual. Assim, a relação pai e filha, mãe e filho, amigo e amiga, etc.
Em muitos casos, há um intenso prazer sem haver orgasmo sexual e que inclusive supera de longe o prazer genital porque envolve a pessoa inteira. Quem toma conhecimento da sexualidade na sua integridade e não só parcialmente e tenta ajustar o seu comportamento ao que a sexualidade é, normalmente vive bem e feliz, sem constrangimentos e frustrações. Pelo contrário, quem vê a sexualidade e o próprio sexo como prazer, normalmente desvia-se e passa a viver de um modo desequilibrado; tudo para ele é prazer, o outro passa a ser visto como uma possível fonte de prazeres e, os seus relacionamentos deixam de ser desinteressados e perde-se a condição de amar ( a pessoa não dá mais conta de amar, porque o amor quer doar-se e não receber) porque ela só quer ter orgasmo sexual. Assim, o outra pessoa torna-se objeto de prazer.  Isso cria um vício na pessoa da mesma forma que o mal uso do álcool e do cigarro. Esse vício pode ser tão ou mais dominante que o vício da droga. Um viciado sabe que  não é feliz com o que faz, mas não consegue viver sem satisfazer o seu vício. Como também uma pessoa desviada sexualmente, dificilmente conseguirá casar-se validamente e ser feliz com uma só pessoa, aquele ou aquela que ele ou ela realmente ama. Ele ama de verdade, mas a exclusividade que o amor pede ( a castidade ), ele (a) já não consegue mais viver. Pode ser também por isso, que hoje há muitos casos de suicídios que não se explicam. Aparentemente não havia motivo.

A Importância dos Cinco Elementos

Os cinco elementos da sexualidade humana têm importância igual. Nenhum é mais importante que o outro de modo que alguém, por contra própria, possa desvinculá-los. Sempre que se deixa de lado um dos elementos da sexualidade, algum prejuízo ocorre para a pessoa.
Para abster-se de um dos elementos da sexualidade, a pessoa precisa ter motivos sérios. Não está nas mãos do homem dizer que desse ou daquele elemento ele não fará uso. Por exemplo, para não se casar e não usar da relação genital e do prazer genital, a pessoa precisa estar de acordo com o Criador que lhe pede uma outra coisa. Portanto, para viver uma sexualidade bem integrada e harmoniosa, de modo que seja realmente humana, cada qual deve conjugar em si os cinco elementos que Deus colocou na sexualidade do ser humano.

A Castidade

A castidade, nada mais é do que a correta integração dos elementos da sexualidade na pessoa. Pelo contrário, a falta dela é a distorção  de algum deles no uso da sexualidade. Deve-se levar em conta que a castidade não é depreciação ou diminuição do valor da sexualidade; bem  ao contrário, é o uso correto dela.
A primeira exigência da castidade é a correta identificação do próprio sexo, isto é, a pessoa saber-se homem ou mulher. O que é que estabelece a diferenciação sexual? Ou seja, como alguém chega a ver se é homem ou mulher? É a sua genitália. O elemento genital é o que define se alguém é homem ou mulher, não a sua tendência instintiva que lhe faz ter atração por alguém do mesmo sexo. Quando acontece de alguém ter genital feminino e ter atração sexual por mulheres, isso se chama desvio de sexualidade. Esses desvios quando levados até à consequência prática de se realizar o ato sexual ou de desejar realizá-lo com alguém são um mal moral grave, que em linguagem ou qualificação teológica se diz pecado mortal.
Vale lembrar que a pessoa que tem a tendência ou inclinação homossexual, mas que não se entrega aos desejos da carne nem à prática dos atos de homossexualidade não comete pecado.

Alguns Pecados Contra a Castidade e a Moral sexual

Sobre o Namoro
1-O problema do beijo
a)Beijo no rosto
Em regra geral  o beijo no rosto nunca será pecado. Contudo, pode acontecer que alguém peque por causa da má intenção.
O critério para se verificar a qualidade do ato humano continua a ser:
O objeto, a intenção e a circunstância.
O beijo no rosto é objeto neutro, a circunstância normalmente não afetará; resta a intenção. Portanto, nunca se afirme gratuitamente: o beijo no rosto é pecado.
b)Beijo na boca
Em si, não se pode dizer que se trata de pecado nem de matéria grave. No entanto, para não ser pecado grave, o beijo na boca deve ter seis qualidades distintas e  interligadas entre si. Para se ter a tranquilidade de que não houve nenhuma ofensa a Deus, o beijo deve ser: rápido, suave, carinhoso, em testemunho de afeto, sem escândalo para ninguém e sem provocar excitação.
1-Rápido – o beijo demorado só o é por malícia e sempre provoca excitação voluntária;
2-Suave – a suavidade denota carinho não luxúria;
3-Carinhoso – o carinho é sempre bom e mostra a boa intenção.
4-Sem escândalo – quem vir o beijo não pode ficar chocado com a cena quente que vê. Se a cena é  picante, isso é um mal moral grave.
5-Em testemunho de afeto – o beijo deve ser dado pelo  afeto que se tem para com a outra pessoa. Para haver afeto é necessário haver algum vínculo entre os que trocam esse tipo de carícia.
6-Sem excitação – o beijo dado ou trocado não deve servir para excitar-se nem provocar excitação no outro. Se acontece a excitação, tal beijo constitui pecado mortal. Sempre que isso acontece, é preciso confessar-se antes de comungar
Uma sétima qualidade:
7-A boa intenção – se o beijo dado é com má intenção, por si só, já constitui pecado grave contra o 6º Mandamento.
Por que? Porque no que diz respeito ao 6º Mandamento, não há matéria leve. Portanto, nos namoros dos nossos jovens, a coisa anda preocupante. Pois  se a consciência lhes acusa de terem passado do limite, se a matéria é grave e houve pleno consentimento  deu-se pecado grave.
E atenção, a esse respeito nenhum jovem terá desculpa diante de Deus de dizer que não sabia. Essa desculpa da falta do conhecimento é muito relativa às diversas situações que não afetam em absoluto os nossos jovens católicos. É um gravíssimo erro pastoral ensinar aos jovens que hoje é assim mesmo e que está tudo bem. Não está. Tanto é assim que eles ficam com a consciência pesada.
 A partir do que foi dito até aqui, todos são capazes de deduzir o tamanho da malícia dos outros atos praticados pelos jovens com toda tranquilidade durante os seus namoros: relações sexuais diversas, os toques os agarramentos e a beijação.
c)O beijo de língua
O beijo de língua sempre traz consigo uma má intenção. Tal beijo, é sempre malicioso, portanto sempre, em si, será pecado grave.
No contexto do namoro nunca se pode afirmar que o beijo de língua seja indiferente. Pois é  justamente a partir do beijo de língua que se começa uma relação sexual envolvendo o genital.
Diga-se, de passagem, que o namoro dos adolescentes, hoje, sempre acontece por causa do beijo na boca e beijo de língua, porque, dizem eles, beijar na boca é bom. Essa intenção é má e sempre torna esses namoros pecado grave. Quem está namorando fora de tempo, no caso, os adolescentes, não pode comungar. Esse namoro, mesmo quando é com a permissão dos pais, é pecado grave, principalmente porque os adolescentes não tem nem a mínima formação para namorar sem pecar nem a menor condição de casar-se e permanecer casados. E normalmente os pecados cometidos aí, nunca são confessados ou nunca deles se tem arrependimento. Eu costumo dizer que namoro não foi feito para adolescente, mas para quem tem idade e condição de unir-se em matrimônio. Além do mais, o namoro dos adolescentes sempre ou quase sempre é ocasião de pecado. Nunca se ouviu dizer que dois adolescentes namorassem só de mãos dadas.
2-Os Abraços
Todas as qualidades do beijo devem ser as do abraço. É grandemente possível que (em variados contextos) um abraço demorado provoque excitação.
E, sempre que for malicioso, o abraço será pecado grave. Por exemplo, quem dá um abraço para tirar uma casquinha.
3- As Relações Sexuais
Fornicação
É a relação sexual entre pessoas solteiras. É um mal moral. É uma desordem moral grave, porque o elemento procriativo normalmente é deixado de lado, abandonado. Não há a integração dos cinco elementos da sexualidade. Mas também, as duas pessoas solteiras ainda não tem da parte de Deus o direito de desfrutar do prazer erótico porque ainda não assumiram com ele nenhum compromisso de amor mútuo nem de cooperação na obra do criador; a sua união não foi estabelecida para sempre e, eles ainda não receberam a bênção e a permissão de Deus para fazer uso da faculdade sexual. O que se visa nesse tipo de relação é meramente o prazer. É sempre pecado mortal contra a castidade.
Adultério
É pecado de adultério quando da relação sexual fora do casamento um dos dois é casado.  É sempre pecado grave, porque desvincula do compromisso de fidelidade a parte casada. É claro que a parte solteira também está obrigada a respeitar as obrigações da parte casada e a zelar pelo seu bem espiritual abstendo-se de se tornar para ele(a) um motivo de pecado.
Uma pessoa casada na Igreja e divorciada no civil, é casada diante de Deus, por isso, qualquer tipo de relação que venha a ter com outra pessoa se caracteriza como adultério: seja beijo, seja namoro, seja ato sexual. Os dois pecam gravemente por adultério.
Contra a Natureza
É o ato sexual completo por via anal ou por via oral. É gravíssimo pecado sexual que brada aos céus clamando a justiça divina. Trata-se hoje em dia de uma prática muito difundida entre adolescentes, jovens e casais casados. No entanto, em tais atos sexuais, o que está em jogo é tão somente o prazer. Quanto a isso, já dissemos acima que a sexualidade e o sexo não é prazer, mas que tem prazer. A sexualidade se desvia absurdamente por causa da busca desenfreada de prazer. Quando se define a sexualidade e o sexo como prazer somente, pensa-se que o que vale é obter o que se busca não importa por qual meio.  Assim, os atos pecaminosos se multiplicam e a sexualidade em termos de qualidade e realização da pessoa diminui bruscamente.
É bom lembrar que na confissão é necessário discriminar os diferentes atos (se foi oral, anal, vaginal ou masturbação) de pecado, não bastando apenas dizer: Padre, pequei contra a castidade. Quem assim o faz, anula a própria confissão e não sai Dalí perdoado de nenhum pecado. Além do mais, o fato de não dizer os pecados separadamente denota falta de arrependimento da pessoa, o que, por si mesmo, já anula a confissão. Já que esta, para a sua validade, necessita da parte do penitente um sincero arrependimento, um propósito firme e uma acusação clara e objetiva. Não se pode negar a existência de pecados graves quando se sabe que eles estão presentes, ou seja, que tais pecados aconteceram. Quantas vezes o confessor interroga sobre a existência de alguma falta contra o sexto ou o nono mandamentos e o penitente responde: não, senhor, Padre. Graças a Deus, eu não cometi nenhum pecado contra  esses mandamentos. No entanto, ele sabe que pensou coisas, que falou coisas, que fez coisas de todos os tipos que são pecados contra o sexto e o nono mandamentos.
A Masturbação
É o ato de agitar o órgão sexual com as mãos, ou por outros meios,  em si ou na outra pessoa até atingir o orgasmo. E, mesmo quando o orgasmo não é atingido, houve aí, uma grave ofensa a Deus por causa dos toques, da intenção má e dos movimentos carnais que ocorreram. Sempre foi ensinado pela Igreja que se trata de gravíssimo pecado contra a castidade. Não importa o que o Padre a ou b disse, é grave ofensa a Deus pelo motivo de se buscar tão só e unicamente o prazer genital.Todos os outros elementos da sexualidade ficam descartados. Só isso basta para marcar a malícia de um tal ato. Quem o pratica, peca contra o sexto mandamento da lei de Deus e, o único meio de ser perdoado(a) é através da confissão sacramental depois de sério arrependimento.
Os Toques
Eles se caracterizam pela carícia feita nas partes íntimas ou zonas eróticas da outra pessoa com o intuito de provocar excitação sexual. É um pecado quase sempre presente no namoro de hoje. Além do toque, há juntamente com ele o agarramento e a beijação. Tudo isso, constitui pecado gravíssimo. Portanto, conclui-se que hoje é muito difícil haver um jovem que esteja no caminho da salvação. Quem ainda não cometeu tais pecados por atos, já os cometeu por pensamento e por desejá-los intimamente.  Portanto, é necessário conversão. Não basta dizer: então todo mundo tá pecando; ou então: mas todo mundo, vai pro inferno?
É bom lembrar aqui que Jesus avisou que a porta que leva ao céu é estreita (cf. Mt 7,13ss ); e que devemos fazer  todo o esforço possível para entrar pela porta estreita (cf. Lc 13,24).

CONCLUSÃO
A EXCELÊNCIA DA CASTIDADE

Termino deixando Santo Afonso Maria de Ligório nos falar um pouco sobre a excelência da castidade. Segue abaixo o trecho de um dos seus maravilhosos escritos:
“Ninguém melhor que o Espírito Santo saberá apreciar o valor da castidade. Ora, Ele diz: ‘Tudo o que se estima não pode ser comparado com uma alma continente’ (Eclo26, 20), isto é, todas as riquezas da terra, todas as honras, todas as dignidades, não lhe são comparáveis. Santo Efrém chama a castidade de "a vida do espírito"; São Pedro Damião, "a rainha das virtudes"; e São Cipriano diz que, por meio dela, se alcançam os triunfos mais esplêndidos. Quem supera o vício contrário à castidade, facilmente triunfará de todos os demais; quem, pelo contrário, se deixa dominar pela impureza, facilmente cairá em muitos outros vícios e far-se-á réu de ódio, injustiça, sacrilégio, etc.
A castidade faz do homem um anjo. "Ó castidade, exclama Santo Efrém (De cast.), tu fazes o homem semelhante aos anjos". Essa comparação é muito acertada, pois,  os anjos vivem isentos de todos os deleites carnais; eles são puros por natureza; as almas castas, por virtude. "Pelo mérito desta virtude, diz Cassiano (De Coen. Int., 1. 6, c. 6), assemelham-se os homens aos anjos"; e São Bernardo (De mor. et off., ep., c. 3):"O homem casto difere do anjo não em razão da virtude, mas da bem-aventurança; se a castidade do anjo é mais ditosa, a do homem é mais intrépida". "A castidade torna o homem semelhante ao próprio Deus, que é um puro espírito", afirma São Basílio (Dever. virg.).
O Verbo Eterno, vindo a este mundo, escolheu para Sua Mãe uma Virgem, para pai adotivo um virgem, para precursor um virgem, e a São João Evangelista amou com predileção porque era virgem, e, por isso, confiou-lhe Sua santa Mãe, da mesma forma como entrega ao sacerdote, por causa de sua castidade, a santa Igreja e Sua própria Pessoa.”

[Do livro, Tratado da castidade de Santo Afonso Maria de Ligório].
Com grande estima e afeto.

Grato sempre,
Vigário Paroquial da Paróquia Santo Antônio em Miracema

Comentários

  1. Padre Alfredo, fiquei muito feliz em ajudar o senhor a realizar este trabalho! Fique com Deus e qualquer coisa conte comigo!

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