PARÓQUIA CRISTO RESSUSCITADO E NOSSA SENHORA DA PENHA COMPLETA 10 ANOS DE EXISTÊNCIA

COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DE CRIAÇÃO DA PARÓQUIA CRISTO RESSUSCITADO E NOSSA SENHORA DA PENHA EM CONSELHEIRO JOSINO
Algo Sobre a História da Criação da Paróquia de Conselheiro Josino
As Santas Missas
Cheguei para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da pena em Morro do Coco no 24 de março de 2003. Dias depois, tomei contato com a comunidade de Conselheiro Josino por ocasião da primeira Missa que celebraria como pastor daquela parcela do povo de Deus. Ali, já ficou claro que a comunidade necessitava de um atendimento mais consistente e que apenas uma Missa dominical não era suficiente para atender à necessidade dos fiéis para poderem cumprir com tranquilidade o santo preceito do domingo, porque grande parte das pessoas não conseguia entrar na igreja, pois, esta já se encontrava cheia demais. Mas como eu sozinho poderia celebrar duas Missas de preceito na comunidade se ainda havia tantas outras a atender? Vivi momentos de angústia por conta dessa preocupação. Para estar mais perto da comunidade e suprir, de alguma maneira, às necessidades, resolvi celebrar também às quartas-feiras a noite. Fiquei assustado, porque as Missas também, aí, ficavam cheias. Rezei a Deus pedindo a ajuda de um Sacerdote. No início a intenção era pedir um auxiliar. Mas logo vi que não bastaria, teria que haver o desmembramento de uma nova paróquia. No entanto, todos os padres da diocese estavam ocupadíssimos. Só era possível continuar rezando. Olhei muitíssimas vezes para a bela imagem de Nossa Senhora da Penha com o coração angustiado. Eu tinha certeza de que ela recorreria a Jesus.
As Confissões
Por algum motivo, o povo estava acostumado a acorrer frequentemente à confissão. Na comunidade, cheguei a atender entre 70 e 80 confissões num único dia de plantão. Aumentei os dias de plantão, mas as confissões não diminuíram. Poucos messes de trabalho e já vimos, com clareza, que um mero atendimento de capela não era mais suficiente em conselheiro Josino.
Mais ou Menos Dois Anos Passados
Havia, mais ou menos, dois anos que já estávamos nessa luta atendendo Morro do Coco, Conselheiro Josino e Vila Nova. Inesperadamente surge um sinal de Deus; por algum motivo, Pe. Pinalli não quis mais trabalhar no centro de Campos e eu fiz o convite pra que ele fizesse uma experiência conosco. Apesar das inúmeras dificuldades e desafios materiais, Pe. Pinalli aceitou. Agora, já temos um Padre. Vamos mexer logo na ferida! Vejamos imediatamente com a comunidade o que ela pensa! Foi a pequena conversa que tive com o Chiquinho e alguns outros amigos em Morro do Coco e, depois, com o próprio Pe. Pinalli.
Joelma e Odilon
Havia o Conselho Pastoral na comunidade, mas eu tinha o hábito de me aconselhar com Odilon e Joelma antes de levar os assuntos ao Conselho de Pastoral. Havia um certo receio, mas houve pronto acolhimento: “É claro que só poderá dar certo,” disseram eles.
A essa altura dos acontecimentos, nós já havíamos dividido o território paroquial para um atendimento mais consistente nas duas áreas e cada um já desenvolvia os seus trabalhos de acordo com a sua agenda pessoal e seu modo pessoal de organização. Pe. Pinalli começou a morar em Conselheiro na casa ainda em construção e organizou a vida pastoral da comunidade com uma presença constante e atenta a todas as necessidades. Assim, ele passou a dar atendimento e atenção muito de perto a todas as pastorais que já vigoravam na Comunidade, organizou a vida financeira e preparou o projeto de criação da paróquia que seria apresentado a D. Roberto Guimarães, que prontamente o aprovou e decidiu que Pe. Pinalli seria o pároco em Conselheiro Josino.
As Relíquias dos Pastorinhos de Fátima
Durante o desenrolar dos preparativos para a criação da Paróquia, foram-nos oferecidas as relíquias dos Pastorinhos de Fátima. Como quem fez todos os contatos em Portugal foi o Pe. Pinalli e estando ele residindo em Conselheiro josino, decidi que as relíquias ficariam na Igreja de Nossa Senhora da Penha, em Conselheiro Josino. E, assim, se fez; era o desejo de Deus, dos pastorinhos e de toda a comunidade. Ficou combinado, na ocasião, que, uma vez desmembrada a Paróquia, as relíquias ficariam na nova paróquia. E, assim, se fez. Os Pastorinhos de Fátima, com seu exemplo de amor a Jesus Eucarístico e à Santíssima Mãe de Deus, inspiram e orientam a vida de muitos hoje em dia.
Para a chegada das relíquias dos pequenos beatos Francisco e Jacinta, Pe. Pinalli e Pe. José Augusto, nosso grande amigo, prepararam uma solenidade que marcou nossas vidas, iluminou nossas almas e encheu de alegria aos nossos corações. Aos beatos, Francisco e jacinta, os pastorinhos de Fátima, confio meus dois irmãos no Sacerdócio e toda a Paróquia de Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora da Penha. Naquela solenidade, todos receberam a benção com as relíquias dos videntes de Fátima. Ter as relíquias deles aqui é um fato que me causa grande satisfação; me traz contentamento; dá-me a sensação de ser uma bela herança que deixei.
A Criação da Paróquia Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora da Penha
Com certeza, o meu grande orgulho é o fato de ter participado dos preparativos para a criação da paróquia, porque vivi momentos de grandes alegrias durante o tempo que fui pastor deste rebanho tão distinto. Me recordo, ainda hoje, com grande satisfação, do novenário de Nossa Senhora da Penha e das festividades da Padroeira. Ainda carrego grandes saudades desses momentos e sinto grandíssimo desejo de, um dia, revivê-los uma vez mais.
O Zelo do Pe. Pinalli
Nem era preciso dizer que, para o dia da ereção da paróquia, Pe. Pinalli cuidou de tudo. O que me passou imensa tranqüilidade. Fiquei encarregado, com meu secretário, pela divisão do território e fixação dos limites da nova paróquia; e o Chiquinho (Antônio Francisco), a quem devemos tanto, cuidou de tudo com muita aplicação para não haver incoerências em nenhum dos territórios. No mais, recordo-me apenas de ter assinado a documentação formal com o coração tomado de um misto de alegria e dor; alegria pela nova paróquia que nascia, e dor, porque, ali, me despedia de Conselheiro Josino e já não seria mais o seu pastor. Acredito que é o sentimento que vai no coração do pai que ama ternamente à filha predileta e a leva ao altar para entregar-lhe ao noivo. Eu confiava de olhos fechados no Pe. Pinalli para entregar-lhe minha filha, que tantas vezes, foi mãe e que tanto me ajudou no desempenho do pastoreio em Conselheiro em toda a paróquia de Nossa Senhora da Penha e na minha vida Sacerdotal. Espero poder contar sempre com todos vocês.
Aos 10 de dezembro de 2006, às 9 horas da manhã, horário de Brasília, teve inicio a Santa Missa Solene de ereção da paróquia, com participação de grande número de fiéis. Foram feitas as leituras dos documentos de ereção da paróquia e de posse do novo Pároco, Pe. Marcos Paulo Pinalli da Costa. Havia um brilho diferente no sol e no rosto de todos parecia irradiar uma alegria que as palavras não são capazes de traduzir. Foi um dia muito marcante em minha vida. Creio que o será para sempre. Tais momentos deixaram em nós um sentimento de realização de algo grande, de algo que entra para a história da nossa diocese e produzirá frutos ao longo dos anos, décadas, talvez séculos... Tudo isso graças ao povo de Conselheiro Josino, graças aos amigos que jamais esqueceremos.
Conclusão
Sou muito grato a D. Roberto Guimarães, ao Pe. Pinalli e a todos os fiéis leigos das duas paróquias, a de Morro do Coco e a de Conselheiro Josino. Quantas alegrias vivi neste espaço sagrado onde residem as ovelhas do Senhor e que, por graça de Deus e nenhum mérito meu, tive a graça de ser pastor de almas. “Sentir com a Igreja” e também pensar com ela, foi o que procurei incutir nas almas e no coração de todos com quem tratei e convivi. Somos católicos, com a graça de Deus, sempre “cum Petro et sub Petro” (Com Pedro e sob Pedro). Desejo que cada um de vocês continue a cultivar um sentimento e um comportamento de profunda comunhão com o Bispo de Roma. Ele é, como dizia Santa Catarina de Sena, “o doce Cristo na terra.” O Papa, onde quer que estejamos, torna Cristo presente para nós. Nesse sentido, lembro aos catequistas que o Papa Francisco, ao número 42 da sua primeira encíclica, fala mais uma vez da necessidade do Catecumenato Batismal (Lumen Fidei, 42). Amem de coração, obedeçam e se submetam com carinho e orgulho ao Bispo diocesano, enviado a nós por Deus, como pastor e pai. O Papa, representando a Cristo, nos enviou D. Roberto Francisco. Ajudem-no a ser sempre melhor pastor nunca criando-lhe nenhum tipo de constrangimento por menor que seja. Não é fácil ser Bispo, não é fácil ser pastor de um rebanho tão grande e tão cheio de peculiaridades. Desejo que vocês dediquem a ele o mesmo carinho que vocês sempre tiveram por mim e minha humilde mãe e que sempre rezem por ele e também por mim.
Desejo a todos as mais intensas alegrias que brotam da fé em Cristo na esperança do seu Reino eterno e bem-aventurado.
Muito Obrigado a todos! a todos, mais uma vez,  peço perdão pelos erros cometidos, a todos dou a garantia do meu carinho, das minhas orações e da minha benção.

















MENSAGEM POR OCASIÃO DOS 10 ANOS DE CRIAÇÃO DA PARÓQUIA CRISTO RESSUSCITADO E NOSSA SENHORA DA PENHA EM CONSELHEIRO JOSINO      
DIOCESE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ
Por: Pe. Alfredo Rosa Borges
Caríssimos irmãos e amados filhos no Senhor, estimados amigos e distintos membros da amada Igreja Local de Conselheiro Josino, paróquia  Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora da Penha!
          Com alegria faço-me presente junto de todos vocês por meio desta  mensagem neste momento histórico de suas vidas. Desejo a todos a paz e a alegria que o Espírito Santo comunica aos crentes em Cristo e se dedicam à obra da evangelização.
          Aproveito a ocasião  para recordar-lhes três coisas que podem e devem servir de orientação para a vida futura desta paróquia, como também, de toda a Diocese de Campos dos Goytacazes.
          Em primeiro lugar, relembro-lhes que o catecumenato, como a forma ordinária de ministrar a catequese (Cf. DA, n. 294) em todo o território paroquial é o vivo desejo da Igreja Universal, como pediu o Concílio Vaticano II (SC. Nº 64) e vários outros documentos sobre evangelização e catequese dos Pontificados que se seguiram ao Vaticano II e também de diversas conferências episcopais do mundo inclusive do episcopado da América Latina e do Caribe na conferência de Aparecida em 2007 (ver: DA, nn. 292-300) e do Episcopado do Brasil (Cf. DNC, nn. 50-51). Penso inclusive que a Igreja no Brasil só conseguirá reverter  essa situação de queda no número de católicos e adesão dos mesmos às seitas protestantes quando o catecumenato estiver em vigor em todo o território nacional. Não digo que é suficiente apenas fazer uma catequese com feições de um catecumenato, mas que se deve implantar o catecumenato mesmo, tal como foi entregue por Cristo aos Apóstolos, e que vem descrito no RICA (Ritual de Iniciação Cristã dos Adultos). A conversão pastoral da qual fala o Documento de Aparecida (DA, 370) e que vem sendo lembrada sucessivas vezes no pontificado de Francisco (Lumen Fidei, 42; Evangelii Gaudium, 25-27; Misericordia et Misera, 05), como também a grande reforma conciliar não existirá enquanto o catecumenato estiver ausente do dia a dia ordinário da vida paroquial.
          A Segunda coisa a ser recordada, é a primeira Eucaristia das crianças. É preciso que a Paróquia tenha a coragem e a audácia de começar a dar a Eucaristia às crianças muito mais cedo: elas precisam comungar antes dos 07 anos de vida. A Igreja já manifestou tal desejo em diversas ocasiões; por exemplo, a infância missionária recolheu as palavras do então prefeito da congregação para o Clero em uma vídeo conferência, onde o Sr. Cardeal Darío Castrillón Hoyos expôs sua convicção pessoal e o desejo do Sumo Pontífice de então, Sua Santidade, João Paulo II (Cf. http://www.30giorni.it/articoli_id_7966_l6.htm, acessado em 01/12/16, às 03:26), que, por sua vez, no livro “Levantai-vos vamos” expressou o desejo de ver as criancinhas comungando em bem pouca idade. Desejo este que também São Pio X a mais de 100 anos atrás o manifestara no magnífico decreto “Quam Singulari” sobre a comunhão das crianças (Cong. p/ os Sacramentos, 08/08/1910). Certamente é para a Santíssima Comunhão das crianças que Jesus diz: “Deixai vir a mim as criancinhas” (Mt 19,14). A comunhão tardia, ao contrário de ser benéfica, é profundamente danosa para a alma da criança, que imagina, ao se confessar, que se contar os seus pecados sérios, o Padre não lhe permitirá receber a Eucaristia. Assim, os pré-adolescentes, já comungam pela primeira vez estando com a alma em mau estado. Uma criança na idade da inocência, que ainda não tenha cometido pecado grave, comungará sempre com grandes frutos, pois tem a alma pura.
          Por último, a Paróquia deverá promover amplo ensino acerca da devoção mariana; pois: “De Maria nunquam satis” (São Luís Maria Grignon de Montfort) “Sobre Maria nunca se falou o bastante”. Além disso, como disse tão bem São João Paulo II, “nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo..., desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Cristo Jesus neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo da fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade Mariana da Igreja de todos os tempos. A devoção à Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos” (Homilia na Dedicação do Santuário Nacional de Aparecida, in LH, vol. IV, p. 1369).
          Ser devotos de Nossa Senhora é uma necessidade e um imperativo da fé, esperança e caridade; devoção é amor. Movidos e guiados por esse amor à Santa Mãe de Deus, desejo um futuro de paz e de muitos frutos espirituais a cada membro da Paróquia Cristo Ressuscitado e Nossa Senhora da Penha de Conselheiro Josino.
Parabéns, muitíssimas felicidades e um feliz Natal a todos!
A todos, meu abraço fraterno!
Com amor: Pe. Alfredo Rosa Borges

Miracema, 01/12/16

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