UMA PÁGINA DE SCOTT HAHN
PREPARAÇÃO PARA PARTICIPAR DA SANTA MISSA


“Queremos nos conhecer. Por isso, precisamos usar bem as partes da Missa que são reservadas à introspecção: o ato penitencial, por exemplo, com o “Senhor, tende piedade” e o “eu confesso”. Isso exige recolhimento, uma tranquilidade interior que nos permita examinar nossos pensamentos, palavras e atos. Se queremos ficar recolhidos, ajuda chegar à igreja bem antes da Missa e começar e nossa oração. O recolhimento interior possibilita nos concentrarmos na realidade da Missa, não importa o que aconteça à nossa volta: bebês que choram, música ruim ou homilias medíocres.
A fim de nos preparar para a Missa, devemos também tirar freqüente proveito do Sacramento da Reconciliação, confessando nossos pecados depois de um profundo exame de consciência. Lembre-se do conselho da Didaqué, o guia litúrgico mais antigo da Igreja: “devemos nos confessar antes de receber a Eucaristia, para que nosso sacrifício seja puro.” Embora a Igreja só exija que nos confessemos uma vez por ano, o irresistível ensinamento dos santos e Papas é que nos confessemos “frequentemente”. Que frequência é essa? Varia de acordo com as circunstâncias e os conselhos do Padre confessor. Entretanto, devemos seguir o bom exemplo dos santos, que, sabemos confessam-se ao menos uma vez por semana, e os mestres espirituais de mais confiança aconselham o mínimo de uma vez por mês.
Se somos sinceros diante de Deus, nos veremos, em nossos corações, nos prostrando humildemente, como fez João. Rezaremos com humildade perfeita a oração antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entres...”
Extraído do livro O Banquete do Cordeiro, co-edição Editora Cléofas e Edições Loyola, São Paulo 2014, p. 128.
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SOBRE A FORMAÇÃO PERMANEnTE DO CATÓLICO
FAÇA OS DEMÔNIOS SAÍREM GRITANDO
Não basta, claro, conhecermos a nós mesmos e aos anjos. Precisamos conhecer a Deus cada vez mais, e essa é uma atividade interminável (e eternamente compensadora). Quanto mais aprendemos a respeito dEle, mais aprendemos que não sabemos e, sem a graça, não podemos saber.
Ao vir a conhecer Deus, saberemos que forças e recursos usar na batalha. Assim, devemos nos preparar para a Missa durante toda a vida, pela constante formação doutrinária e espiritual. Nenhum soldado entra em combate sem treinamento. Também nós não devemos pensar que conquistaremos (derrotaremos) demônios se formos fracos em nossa fé. Precisamos passar pelos rigores do treinamento básico, levar uma vida tolerante e disciplinada de oração e estudar a fé todos os dias, ler a bíblia, ouvir música e assistir programas de TV católicos, ler livros católicos (em especial o Catecismo da Igreja Católica). Tudo isso é uma tarefa para a vida inteira.
Nosso estudo doutrinal investe de poder cada palavra e gesto da Liturgia. Fazemos o sinal da Cruz, sabendo que ele é o estandarte que levamos à batalha, e diante desse estandarte os demônios tremem. Mergulhamos os dedos na água benta sabendo, nas palavras de Santa Teresa d’Ávila, que essa água faz os demônios fugirem. Recitamos cada verso do Glória e do Credo como se nossas vidas dependessem dele, pois dependem mesmo.
E o que “acontece” no campo de batalha quando recebemos na Sagrada Comunhão Jesus Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores? Os santos nos dizem que expulsamos o inimigo naquele momento e depois ficamos de vigília com a atenção de Jesus. Um monge do século V, do Monte Sinai, atestou que “quando entra em nós, esse fogo expulsa imediatamente os maus espíritos de nosso coração e perdoa os pecados que cometemos antes... E se depois disso, ficamos na entrada de nosso coração e mantemos estrita vigilância sobre o intelecto, quando temos nova permissão de receber esses mistérios, o corpo divino ilumina ainda mais nosso intelecto e o faz brilhar como uma estrela”.
Assim, o brilho da Missa vai para casa conosco como o dia perpétuo da Jerusalém celeste. À medida que crescemos na graça, nossa Missa se torna uma luz que arde também dentro de nós, em meio a nosso trabalho e nossa vida familiar. Isso é segurança em tempo de guerra, pois o exército mais fraco dificilmente ataca à luz do dia. E o diabo sabe: quando a luz de Cristo está de um lado da batalha, a escuridão do inferno é o lado mais fraco.
Op. Cit. pp. 130-131



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