HOMILIA DE CORPUS CHRISTI 2018


Quase Paróquia Nossa Senhora da Conceição
Barcelos, São João da Barra, RJ: Praça Nossa Senhora da Conceição, S/N
Cep: 28220-000; Tel: 22-2741-5382
Administrador Paroquial: Pe. Alfredo Rosa Borges
SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI 2018
HOMILIA DE CORPUS CHRISTI
O mistério da Encarnação do Verbo e sua Ligação Profunda com a Pessoa de Maria e desta com a Eucaristia
Caríssimos irmãos e irmãs, hoje, quero, independentemente dos textos belíssimos que acabamos de ouvir, dizer livremente algumas palavras que me povoam o coração ao pensar no mistério tão grandioso da Eucaristia e da ligação deste Sacramento com a Encarnação do Verbo e a Santíssima Virgem Maria. Como não se comover diante de tão estupenda realidade?
É verdade que o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14), mas também é verdade que Ele nasceu apenas da mulher (Cf. Gl 4, 4). Fala-se aqui da mulher por excelência que concebeu sem a participação de homem pela ação do Espírito Santo, a Virgem Maria. E para comprovar que o Filho de Maria, Jesus de Nazaré, é o Filho Único de Deus Pai, a ciência moderna vem em socorro da nossa fé comprovando pelo sangue do Sudário de Turim que houve um homem na terra que foi muito maltratado e crucificado, transpassado pela lança e sepultado enrolado em panos e que não tem DNA proveniente de pai, mas só de mãe. O único homem do qual se tem algum relato dessa natureza é aquele a quem cremos ser o redentor do mundo. Portanto, A ciência, a Sagrada Escritura e o ensinamento oficial e bimilenar da Igreja estão em perfeita sintonia. É uma certeza de fé, que está prestes a se tornar uma certeza científica, a do Verbo que se fez Carne. E no milagre Eucarístico de Buenos Aires, a ciência também deu uma palavra muito consonante com a palavra da Sagrada Escritura e com a fé da Igreja ao dizer que aquilo era carne do coração de alguém que morreu em estrema agonia, mas que, ao mesmo tempo, está vivo. E sobre a ressurreição, vários cientistas afirmam, sem hesitação, que o Santo sudário é simplesmente a prova da ressurreição de Cristo. Além do mais, como prova da presença real de Cristo na Eucaristia, o Milagre Eucarístico que deu origem a esta festa de hoje aconteceu para mostrar a um padre que duvidava que a Eucaristia é realmente Jesus Cristo com seu Corpo e Sangue, alma e Divindade.
Ó coisa admirável, exclamava Santo Tomás de Aquino diante da Santíssima Eucaristia; o pão do anjos que é consumido pelos homens. Entendo que tais palavras são suspiros do coração e da alma da Santíssima Virgem Mãe de Deus aos pés do Sacrário ao adorar o seu divino Filho na Hóstia Consagrada pelos apóstolos durante as Santas Missas que celeravam. Na Eucaristia onde se perpetua o mistério do único e definitivo sacrifício da Cruz para a salvação dos homens, a Virgem novamente revivia tudo o que viveu com o divino redentor naquela Sexta-Feira Santa da sua entrega total ao Pai por meio dos mais terríveis sofrimentos. Maria quis estar com Jesus no Calvário, era impossível para ela abandona-lo no sacrário e na santa Missa celebrada pelos apóstolos; como também, era-lhe impossível não reviver tudo aquilo através da meditação das estações da Via Sacra diariamente.  A Meditação da Paixão e a adoração do Filho no Santíssimo Sacramento dominou a vida da Mãe de Deus aqui na terra e é este o seu grande exemplo para nós que tanto precisamos de conversão e arrependimento de tantos pecados que cometemos no nosso dia a dia. São mistérios, orações e exemplos que estão intimamente ligados e que não podem perder-se no esquecimento com o passar dos anos: a Paixão do Senhor, a Santíssima Eucaristia na Santa Missa e no Sacramento e a Virgem Maria que meditava a Via Sacra, participava da Santa Missa, comungava e adorava o Santíssimo Sacramento; aprendamos com ela a apreciar a Sublimidade e grandeza daquilo e daquele que está tão perto de nós esperando um ato de religião estimulado pela fé.
Tão Sublime Sacramento, adoremos neste altar, pois o Antigo Testamento deu ao novo o seu lugar. A Igreja nos convida a fazer, aqui na terra, diante do Santíssimo Sacramento, o que os anjos e santos fazem no céu diante da face de Deus; eles, vendo o rosto da Santíssima Trindade, nós crendo no mistério da presença real de Cristo com todos o seus atributos de Deus e de Homem que subiu ao Céu, mas que permanece conosco todos os dias da nossa vida porque nos ama e não consegue separar-se de nós por completo. E, ao adorar Jesus na Santa Eucaristia, procuremos imitar a Virgem Maria na Última Ceia; ali, a fé a dominava e o Espírito Santo a fortalecia, porque ela já sabia o que se seguiria àquele momento tão forte e fascinante daquela celebração pascal na qual Jesus pronunciou as palavras: “Desejei ardentemente comer esta páscoa com vocês” (Lc 22, 15). Com sua mãe, Ele sempre estava e jamais se separaria dela mesmo quando a deixasse na terra por mais treze anos depois de sua ascensão. Mas Ele pronunciou estas palavras sobre nós a quem Ele quer tanto unir-se em definitivo. Imitemos a Virgem Maria aos pés da Cruz; ali, ela sofria e oferecia a sua dor ao Pai misericordioso pelo perdão dos pecadores e para que todos cheguem ao conhecimento do Seu filho que é a verdade e alcancem a vida eterna. E, por fim, imitemos a Virgem Maria na Missa dos apóstolos... Ali, ela nutria o profundo desejo de ver novamente o Filho muito amado e, com Ele, oferecia novamente o sacrifício ao Pai eterno em íntima e profunda comunhão com Pedro e os outros apóstolos, porque, mesmo sabendo-se o membro mais excelente da Igreja, ela é parte do corpo místico de Cristo e, ao mesmo tempo, mãe do santo Corpo do Senhor que é a Igreja que Cristo implantou na terra, isto é, o Reino de Deus, o caminho de união de todos os povos e o lugar, o instrumento e meio de salvação para todos os seres humanos.
Caríssimos irmãos, encerrando o mês de maio, coloquemos Maria Santíssima como modelo do nosso modo de ser católicos e viver e praticar a fé que recebemos dos apóstolos. Que ela nos inspire a rezar e sacrificar-nos pelo bem da Igreja e pela prosperidade da nossa Igreja Local, que é a nossa Quase Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Somos todos filhos de Deus e filhos da Igreja e precisamos ter a consciência de que ela depende de nós para avançar e crescer instaurando o Reino de Deus nos corações de muitos que ainda vivem nas trevas. Mas, se ao invés de querer ver o seu progresso, eu desejo atravancar o seu crescimento, estou sendo filho das trevas e inimigo de Deus. A Igreja não é obra humana, se alguém luta contra ela, está lutando contra Deus. As consequências dessa atitude poderão ser de tremenda amargura para a vida futura de quem age assim e alma dessa pessoa jamais experimentará a alegria e a paz que Deus nos oferece todos os dias na Igreja e através dela.
E, nós, que fomos escolhidos por Deus para fazer expandir o seu Reino, devemos nos colocar sob a proteção de Maria para que o pecado e o demônio nunca dominem sobre nós.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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